Viseu




O Distrito de Viseu é um distrito português pertencente, na sua maior parte, à província tradicional da Beira Alta, mas incluindo também concelhos pertencentes a Trás-os-Montes e Alto Douro. Tem uma área de 5 007 km², subdividida em 24 municípios, e uma população residente de 391 215 habitantes. A sede do distrito é a cidade com o mesmo nome. Na actual divisão principal do país, o distrito divide-se entre a Região Centro e a Região Norte.
Viseu é o único caso de um distrito português com um enclave, devido ao encravamento da freguesia de Guilheiro  (distrito da Guarda) entre os concelhos viseenses de Sernancelhe e Penedono.

Pedro Faustino





| Sé de Viseu |

A Sé de Viseu, situada no centro da cidade, é uma das construções mais antigas lá existentes. Embora a data do inicio da sua construção não seja precisa, pensa-se que terá sido iniciada no tempo de D. Afonso Henriques.
Devido às várias obras que foi sofrendo ao longo do tempo, a Sé possui características arquitectónicas diversas. A torre do relógio é românico-gótica e a fachada central e a torre dos sinos são maneiristas (provenientes do séc. XVII-XVIII). Por sua vez, as colunas e os arcos ogivais que são o suporte da abóbada bem como os claustros inferiores datam do séc. XVI enquanto que os claustros superiores terão sido construídos no séc. XVIII.
A Sé possui ainda um museu, que se situa no andar superior.


João Prisco

| Santuário da Nossa Senhora dos Remédios |

Localizado no topo do Monte de Santo Estêvão, em Lamego, o Santuário da Nossa Senhora dos Remédios, é um local sagrado de culto cujas festividades acontecem entre seis e oito de Setembro. A sua construção começou em 1750 e terminou em 1905.
Tal como o local indica, no inicio da construção a devoção era prestada a Santo Estêvão, tendo posteriormente passado à Virgem. Devido às pessoas que a ela recorriam em busca de ajuda em casos de doenças, a devoção passou a ser feita a Nossa Senhora dos Remédios.
O Santuário é, não só composto pela igreja, mas também por uma escadaria com 686 degraus dividida em patamares, que conduz ao topo do monte. No inicio das escadas estão presentes quarto estátuas alusivas às quatro estações do ano.





http://pt.wikipedia.org/wiki/Santuário_de_Nossa_Senhora_dos_Remédios

João Prisco

| Castelo De Penedono |



Classificado como Monumento Nacional desde o séc. XX, após ter estado abandonado e em risco de demolição, o Castelo de Penedono foi construído por volta do ano 930. No entanto, apenas em 1064 é o que foi conquistado aos mouros, tornando-se parte integrante do Condado Portucalense. Com o passar dos anos foi sofrendo diversas modificações (), tendo sido considerado importante devido à sua localização estratégica. O actual aspecto romântico remonta a finais do séc. XV, altura em que o castelo foi doado Vasco Fernandes Coutinho, um nobre que fez dele a residência da sua família.

João Prisco




|Carnaval de Lazarim|

O Carnaval de Lazarim, no concelho de Lamego, é sem dúvida dos festejos carnavalescos mais típicos do país, mantendo bem vivas tradições ancestrais que perduraram ao longo dos tempos.
Aqui o ritmo das escolas de samba e os carros alegóricos dão lugar às Comadres e aos Compadres com máscaras carrancudas esculpidas em madeira de amieiro e trajes típicos, procedendo ao ancestral jogo de rivalidade entre sexos!
Recuando no tempo, percebemos que este Carnaval assumia então contornos de uma festividade medieval macabrada e assustadora, carregada de referências ao belzebu. Mascaras revestidas a pele de coelho, com lagartos e sardões pregados a ornamentar, aterrorizavam as gentes de Lazarim!
Actualmente, o Entrudo de Lazarim é marcado pela patuscada do porto, pelo desfile etnográfico, cavaquinhos e gaiteiros, terminando com a leitura dos testamentos, seguindo-se a morte do compadre e da comadre no fogo e a oferta de uma feijoada e caldo de galinha que fazem a delícia de todos os presentes.



http://www.douronet.pt/default.asp?id=59&mnu=59
http://www.guiadacidade.pt/pt/art/carnaval-dos-caretos-de-lazarim-16849-18

Pedro Faustino

 
|Dança dos Cus |

Os Carnavais de Cabanas de Viriato, vila de Carregal do Sal em Viseu, atraem todos os anos milhares de pessoas. Mas nesta freguesia a música é outra! Aqui é a valsa que marca o ritmo da “Dança dos Cus”, onde, alinhados em duas filas, os foliões percorrem as ruas da vila, batendo com os traseiros nos dos vizinhos. O verdadeiro nome da folia é “Dança Grande” e remonta a 1865, mas as pessoas mudaram-lhe o nome, porque, quando o ritmo da música acelera, os foliões vão ao centro e chocam com o rabo.
Apesar de não terem reis nem rainhas “importados” do Brasil, o Carnaval de Cabanas de Viriato é dos mais conhecidos e tradicionais do nosso País!

http://thelisbongiraffe.typepad.com/diario_de_lisboa/2004/02/carnaval_em_por_2.html
http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?article=26362&tm=8&layout=121&visual=49 

Pedro Faustino 


| Cavalhadas de Vildemoinhos |

Todos os anos, na manhã de 24 de Junho,  dia de São João, a cidade de Viseu assiste a um cortejo alegórico com dezenas de carros alegóricos, cavaleiros, bandas musicais, majoretes e ranchos folclóricos, atraindo sempre mais de 50 000 visitantes.

No entanto, as Cavalhadas de Vildemoinhos não são uma festa vazia de significado, cujo único objectivo é entreter milhares de pessoas. A festividade remonta a 1652, surgindo como um agradecimento dos moleiros de Vildemoinhos, por lhes ter sido reconhecida a razão em tribunal relativamente à utilização das águas do rio Pavia.

 


É, assim, uma festa carregada de símbolos, o preservar de uma promessa, cumprida religiosamente a cada ano que passa, de agradecimento ao santo padroeiro São João Baptista, pela sua eficaz intervenção em defesa dos moleiros.



Pedro Faustino

|Feira Franca ou Feira de São Mateus|

A Feira Franca foi criada por D. Sancho I em 1188  (não tendo esse nome inicialmente).  Havendo documentação a partir de 1392, passando mais tarde no século XVI a chamar-se Feira de São Mateus. 

A história diz que a Feira Franca foi uma prenda de D. João I de Portugal, Mestre de Avis, por Viseu ter sido a única cidade portuguesa a estar a seu lado na crise de 1383-1385. 

A sua ligação a Viseu não acaba aqui, tendo o seu filho D. Duarte nascido aqui e os seus filhos D. Henrique e D. Fernando sido os primeiros duques de Viseu.

Numa área de 18 000 m² estão presentes centenas de expositores e feirantes representando todos os sectores de actividade com brilho para o artesanato. São rejeitados em média 400 expositores por edição de feira, dizem os feirantes que é a feira mais rentável em Portugal. Actualmente é feira mais antiga de toda a Península Ibérica.









Cestaria, olaria, tecelagem, ferro forjado, carpintaria e mobiliário, flores de papel: são alguns dos exemplos do artesanato desta região. Existem, ainda, na cidade vários ateliers onde se pode admirar, e mesmo comprar, objectos de artesanato típico da região. 
Na Casa da Ribeira, uma fundação para a protecção e desenvolvimento do artesanato, é possível observar os artesãos a executarem o seu trabalho, sendo possível adquirir algumas das peças aqui produzidas.

| Bordados de Tibaldinho |
Tibaldinho é uma terra pequena, a meio caminho entre Viseu e Mangualde, com pouco mais de 400 habitantes. Os seus bordados, contudo, chegam longe em fama e encerram muitas histórias!
 É difícil definir uma datação precisa para implementação desta manufactura de bordar na região, devido à escassa documentação existente sobre o assunto. Os bordados eram inicialmente utilizados na decoração de grandes solares e palácios. O uso constante, o desgaste e a necessidade de renovação justificam o desenvolvimento e o crescimento desta manufactura de bordados.

Os Bordados de Tibaldinho são singelos e harmoniosos e têm uma característica muito própria: são predominantemente brancos. Este aspecto está certamente relacionado com o facto destas peças serem utilizadas como roupas de casa, onde o branco é ligado à limpeza, higiene e dignidade. O caracter popular e o cunho pessoal estão sempre presentes. Os próprios desenhos levam-nos a assistir a temas baseados no "amor", estando este tema igualmente  presente noutros bordados, como o caso dos Viana e dos Lenços de Namorado. No aspecto geral, os bordados de Tibaldinho caracterizam-se por séries de ilhós consecutivos e semelhantes, ilhós com sombras e pequenos crivos, estrelas e flores.
Estes bordados, embora tenham como centro de difusão a aldeia de Tibaldinho, não se circunscrevem apenas a este povoado. São também realizados noutras aldeias vizinhas de Alcafache, Fornos de Maceira, S.João de Lourosa e Dão.

Nos nossos dias, as bordadeiras passaram a ter esta ocupação com o objectivo de aumentar as suas próprias economias domésticas. As bordadeiras de Tibaldinho controlam, elas mesmo, todo o processo de escoamento do produto.
Hoje em dia, estes bordados ornamentam toalhas, roupa de cama, aventais e todo o género de paninhos destinado à decoração do lar. As bordadeiras geralmente trabalham ao ar livre, sentadas, devido à falta de espaço no interior das casas e pela luz natural ser mais adequada.


http://trajesdeportugal.blogspot.com/2007/12/bordados-de-tibaldinho-mangualde-viseu.html
http://cafeportugal.net/pages/sitios_artigo.aspx?id=1004

Pedro Faustino


| Flores dos Namorados |

As Flores dos Namorados, também conhecidas como flores de papel de Fragosela, são tradição nas casas de Fragosela, concelho de Viseu.
Estas flores são uma prenda com mais de 300 anos. Antigamente vendiam-se nas festas religiosas, onde os rapazes compravam uma flor e colocavam no peito das raparigas, enquanto elas retribuíam, pondo uma flor no chapéu deles, trocando-se assim juras de amor. A troca das flores de papel servia, muitas vezes, para oficializar o romance.
As flores de Fragosela são feitas com papel de seda, arame e cola. Paciência é um dos requisitos para dar a forma desejada ao papel. Hoje em dia, é uma tradição em “vias de extinção”, pois há falta de quem pratique esta arte e as vendas são poucas. São as encomendas para algumas festividades dos santos e por parte da câmara municipal que permitem algum escoamento do produto.

Ainda assim ainda há quem mantenha viva a tradição e vá recortando o papel e colocando quadras de amor, que um dia serão dedicadas a alguém!

Pedro Faustino




                                                                                                                               
| Gravuras Rupestres do Cabeço das Pombas |

Existentes na freguesia de Pinheiros, em Tabuaço, as gravuras encontram-se em pedras de granito e são uma manifestação artistico-realigiosa de elevada importância apesar da sua simbologia nos ser desconhecida. No entanto é possível dizer que se encontram ligadas a alguma cerimónia ou culto, o que transforma este sitio num lugar de culto.

De destacar o facto das figuram estarem agrupadas de acordo com a altura em que foram feitas. Pensa-se que grande parte destas estará ligada à Idade do Bronze, com excepção de duas caras e da sigla “IPRM”, que terão, obviamente, sido gravadas posteriormente.

João Prisco










Rica e variada, a gastronomia tradicional desta região é um dos seus principais atrativos.
Os sabores da Sopa da Beira ou do Caldo Verde, das Migas à Lagareiro, do Arroz de Carqueja, do Rancho à Moda de Viseu, da Vitela Assada à Moda de Lafões, do Bacalhau ou do Polvo Assados à Lagareiro, do Cabrito Assado, do Arroz de Lampreia, das Trutas do Paiva, do Arroz de Pato, do Presunto, dos Enchidos (morcela, chouriça, farinheira) fazem a delícia dos apreciadores.




       Arroz de Carqueja








                   







Trutas de Escabeche



Para acompanhar uma boa refeição, opta-se por um bom queijo da serra ou pão de diferentes variedades, tais como o pão de mistura, de centeio ou broa de milho. Para beber, pode optar por um bom vinho tinto ou branco de mesa, ou se preferir, um espumante natural. Com base em receitas antigas pode-se escolher por finalizar uma refeição com Leite Creme ou Arroz Doce à Moda da Aldeia, Pudim de Requeijão ou de Pão, Papas de Milho, ou uma variedade de bolinhos e pastéis tradicionais "de comer e chorar por mais". Pastéis de Vouzela, Castanhas de Ovos de Viseu, Pastéis de Feijão do Patronato de Mangualde, Caçoilinhos do Vouga, Beijinhos, Cavacas…


Produtos Regionais: Trabalhando a terra e usando os seus produtos, as gentes da Beira aprenderam há muito a amar e respeitar as suas dádivas. Cultiva-se a vinha para os vinhos do Dão e de Lafões e  das hortas e da pecuária obtém-se uma variedade de produtos que a cozinha regional sabe misturar tão bem
Vinhos






Vinho do Dão
Descrição
A Região Demarcada do Dão, desenvolve-se entre zonas montanhosas e vales com colinas e declives, com um clima frio e chuvoso no Inverno e quente e seco no Verão (condições únicas para a produção de vinhos sem igual). Os tintos são cintilantes, de cor rubi, de aroma e sabor delicados. Os brancos são leves e frescos, de cor amarela-citrina, com aroma suave e sabor frutado.

Vinho de Lafões
 
Descrição:
 
Situa-se ao longo do Vale do Vouga, abrangendo os concelhos de Oliveira de Frades, São Pedro do Sul e Vouzela. Os brancos são pouco alcoólicos, frutados, ricos em acidez málica, com características próximas dos Vinhos Verdes.

Vinho Regional "Beiras"
Descrição:
Vinho Branco, Tinto e Rosé ou Rosado


Ana Marina Santos

Arroz de Pato
Rica e variada, a gastronomia tradicional desta região é um dos seus principais atrativos.
Os sabores da Sopa da Beira ou do Caldo Verde, das Migas à Lagareiro, do Arroz de Carqueja, do Rancho à Moda de Viseu, da Vitela Assada à Moda de Lafões, do Bacalhau ou do Polvo Assados à Lagareiro, do Cabrito Assado, do Arroz de Lampreia, das Trutas do Paiva, do Arroz de Pato, do Presunto, dos Enchidos (morcela, chouriça, farinheira) fazem a delícia dos apreciadores.  



Cavacas
Para acompanhar uma boa refeição, opta-se por um bom queijo da serra ou pão de diferentes variedades, tais como o pão de mistura, de centeio ou broa de milho. Para beber, pode optar por um bom vinho tinto ou branco de mesa, ou se preferir, um espumante natural. Com base em receitas antigas pode-se escolher por finalizar uma refeição com Leite Creme ou Arroz Doce à Moda da Aldeia, Pudim de Requeijão ou de Pão, Papas de Milho, ou uma variedade de bolinhos e pastéis tradicionais "de comer e chorar por mais". Pastéis de Vouzela, Castanhas de Ovos de Viseu, Pastéis de Feijão do Patronato de Mangualde, Caçoilinhos do Vouga, Beijinhos, Cavacas…

Produtos Regionais: Trabalhando a terra e usando os seus produtos, as gentes da Beira aprenderam há muito a amar e respeitar as suas dádivas. Cultiva-se a vinha para os vinhos do Dão e de Lafões e  das hortas e da pecuária obtém-se uma variedade de produtos que a cozinha regional sabe misturar tão bem

José Pedro Franco






Paulo Emílio de Sousa de Lemos e Menezes (Viseu, 18 de Junho de 1812 – Viseu, 10 de Outubro de 1870) foi advogado, jornalista e político de Viseu, tendo sido governador civil do distrito, secretário-geral e administrador do concelho e director e fundador do jornal «O Viriato».
O Dr. Paulo Emílio, tem ainda hoje uma rua com o seu nome na cidade de Viseu.







O Dr. Paulo Emílio de Souza de Lemos e Menezes nasceu na Casa de São Miguel e matriculou-se na Universidade de Coimbra a 30 de Outubro de 1834, licenciando-se em Direito a 10 de Junho de 1839. 
Sucedeu a seu pai o Dr. João Victorino de Sousa e Albuquerque quer no prestígio político quer na Casa do Arco, na rua Direita, onde viveu alguns anos, e na quinta de Alter, em Vildemoinhos. 
Casou a 8 de Outubro de 1838, na Sé de Viseu, com D. Maria de Jesus de Mesquita e Melo, e tiveram várias filhas e um filho, o General Dr. José Victorino de Sousa e Albuquerque, par do Reino e o último governador civil de Viseu durante a Monarquia.

 Ana Marina Santos